Crítica: A Lenda dos Guardiões.

Olá! Tudo bom?

Vim aqui falar de A Lenda dos Guardiões. É um filme que já estreou no Brasil há um tempo, mas que ainda deve estar passando nos cinemas. Eu ví em 3D no shopping de uma cidade vizinha aí e, posso dizer que é não só um dos melhores filmes que ví esse ano, mas também é um dos maiores espetáculos visuais que ví na minha vida.

O principal do filme é Soren (voz de Jim Sturgess), uma coruja ainda jovem que, com a ajuda dos pais, está aprendendo a voar, e se sai relativamente bem, chegando até a causar grandes ciúmes no irmão Kludd (voz de Ryan Kwanten) por seu melhor desempenho, fazendo com que o mesmo se sentisse negligenciado e menosprezado.

Soren é uma coruja sonhadora, que se sente fascinado pelas fábulas e pelas histórias contadas pelo seu pai, principalmente por aquelas que contavam as gloriosas e belas batalhas dos Guardiões de Ga’Hoole, que, segundo as lendas, eram um grupo de soldados do bem que lutavam contra os exércitos do mal do grande vilão Bico de Ferro. E, como toda criança, acredita fielmente na existência de seus grandes heróis, chegando a almejar ser um guerreiro e se inspirar neles sempre que vai voar.

Em uma brincadeira dos dois irmãos, ambos caem da árvore onde fica sua casa e são sequestrados por corujas maiores muito estranhas, que os levam para um lugar estranho, junto com muitas outras corujinhas jovens. Esse lugar estranho, então, é uma base para um “clã” de corujas: O clã dos “Puros”, comandado pelo grande Bico de Ferro (voz de Joel Edgerton) das lendas, que criava soldados especializados em batalhas e coletores, que servem para procurar e colher um tipo de “partícula” estranha que atordoaria qualquer coruja por mais forte que seja, almejando dominar o mundo. Enquanto Kludd é persuadido a se tornar um soldado deles para ganhar o reconhecimento que nunca teve, Soren vira um coletor junto com várias outras corujas que foram lunatizadas e transformadas em corpos sem vida que simplesmente realizam sua função sem ter a capacidade de pensar. Então, ele escapa e, com uma turma de amigos, vai procurar os grandes heróis de sua infância para buscar ajuda e lutar contra os Puros.

É uma história até relativamente simples, se formos analisar o contexto geral, mas, mesmo assim, o filme não é simples em sí. Ele conta com uma atmosfera “dark” bem tensa e pesada, que dá um tom de seriedade bem grande para a aventura. Há uma urgência no que os principais estão fazendo, e os perigos pelos quais eles passam é convincente. As cenas de ação e batalha são simplesmente de tirar o fôlego. O filme é relativamente violento, sim. Não tem sangue, mas há várias mortes implícitas. Mesmo sendo o primeiro filme não-18+ do diretor Zack Snyder (Madrugada dos Mortos, 300, Watchmen), vemos que ele não deixou pra trás suas características e seus gostos. Nas cenas de batalhas, há um belo uso das câmeras-lentas, que é algo que vemos desde 300 que o diretor faz muito bem.

E, como se não bastasse, o filme é lindo visualmente. Lindo MESMO. Tratando as corujas e os elementos gerais com um realismo impressionante, é um filme que nos deixa de boca aberta. Eu mesmo cheguei a ficar emocionado diversas vezes, chegando até a lacrimejar, mesmo que não tivesse acontecido nada de triste. Eu sou um chorão, não nego isso, mas devo dizer que a cena na qual Soren está voando na tempestade, em câmera lenta, com os pingos de água voando lentamente na direção de seu rosto com os relâmpagos caindo e se abrindo devagarzinho atrás…meu Deus, essa cena sim me fez ter diversas histerias internas e realmente me tocou, ainda mais em 3D. Conforme eu via o filme, eu pensava que era por isso que eu amava o cinema. Não só por causa de espetáculos visuais como esses, mas também porque eram a chance de uma vida de você ver coisas realmente marcantes, tanto em histórias quanto na parte estética das coisas. No cinema é um dos únicos lugares nos quais você pode acompanhar diversas histórias fascinantes e brilhantes, e um dos únicos lugares nos quais seus olhos podem ser presenteados com tamanhos espetáculos, cristalinos e emocionantes.

E foi pior ainda a minha emoção quando começou a tocar a música To the Sky, de Owl City. CARA, eu sou fá de Owl City mesmo. Eu amo Owl City. E não só o nome de Owl City combina com as corujas do filme, mas a letra da música To the Sky é absurdamente precisa e é tocada na parte exata, falando dos sonhos, de realizações e etc. E é exatamente essa a grande base do filme, os sonhos. Soren é um sonhador, e de tanto acreditar, acabou conseguindo o que sempre quis: Se encontrar com os seus heróis Guardiões de Ga’Hoole. E essa lição é realmente uma das grandes belezas. Siga seu sonhos, sempre. Lute pelo o que você acredita.

Infelizmente, o filme não é perfeito. A traição de Kludd, desde o começo, é algo que não convence. Ele simplesmente fica bravo por seus pais não o olharem da mesma forma que viam Soren, mas não é dado um motivo realmente convincente para que gerasse tamanha rebeldia. A construção desse personagem foi algo que me incomodou desde o começo, visto que é muito artificial. Desde que ele começa a traição, ele vai piorando como personagem, envolvendo até sua irmãzinha mais nova com os Puros, sendo praticamente um Edmund-coruja (Quem assistiu o primeiro As Crônicas de Nárnia, entenderá). E sentimos raiva dele. É normal sentirmos raiva de um personagem que é meio que vilão, mas não nos é dado uma explicação realmente boa para a conversão dele. E não dá pra deixar de notar isso.

Também, com um tempo de duração de mais ou menos 100 minutos, a história é um pouco desenvolvida às pressas, e algumas passagens poderiam ter aprofundamentos emocional e psicológico muito maiores. Mas temos que lembrar que é difícil prender uma criança na cadeira de cinema por muito tempo.

Mas isso não deixa de fazer com que A Lenda dos Guardiões seja um vencedor. Lindo, empolgante, fascinante e com uma lição de moral bonita, é um dos melhores filmes do ano e um dos filmes mais bonitos visualmente que já ví. A cena da tempestade, que citei anteriormente, é algo que ficará na minha memória pra sempre. Então, se puder, veja esse filme. Em 3D.

É de tudo o que vemos aqui que os sonhos deveriam ser feitos.

Nota: 9/10

Chase your dreams, and remember me, speak bravery,
Because after all those wings will take you, up so high,
So give the forest floor goodbye, as you brace the wind and,
Take to the sky ~~

Bloody Brothers!

Olá! Estou aqui pra recomendar um blog de tirinhas que criticam as modas atuais, a política e outras coisas por meio de piadas muito bem pensadas! O nome dele é Bloody Brothers, e eu espero que gostem muito, porque ele é muito bom mesmo =D

O link do blog é http://bloody-brothers.blogspot.com/
Acessem! =P

Amanhã postarei crítica de Piranha e A Lenda dos Guardiões. E dia 5/11 estréia, finalmente, Scott Pilgrim Contra o Mundo aqui no Brasil, hein!

Panty & Stocking with Garterbelt

Vim aqui pra recomendar um anime de comédia que foi lançado esse fim de semana e que assistí hoje. O anime se chama Panty & Stocking with Garterbelt.

Por enquanto, só foi lançado o episódio 1, que é dividido em dois mini-episódios.

O anime conta a história de duas anjas chamadas Panty e Stocking, que devem proteger uma cidade que fica no meio termo entre o céu e o inferno, chamada Daten City, dos fantasmas que, todos os dias, atormentam os moradores desse lugar, junto com o seu “chefe” Garterbelt e o cachorro Butch.

Seu estilo de desenho é absurdamente colorido e é uma clara sátira às animações americanas, porém o desenho não é infantil. Com uma comédia nonsense, piadas de sexo e uma ação bem frenética e divertida, é uma recomendação que eu faço àqueles que procuram uma experiência rápida que não necessita de raciocínio. É só baixar, assistir e se divertir. Nada além.

Crítica: 300 (2006)

Olá a todos!

É, de novo – vocês devem estar cansados disso – estou inativo há um bom tempo. Infelizmente, não posso controlar quando problemas aparecem ou não, não é? =/

O importante (ou nem tão importante AUHEUHEU) é que eu estou de volta.

Para quebrar o gelo de mais de 1 mês, trago crítica de um filme que eu adoro e que é adorado por muita gente também. Esse filme é 300, dirigido por Zack Snyder.

Baseado na graphic novel de Frank Miller, 300 conta, de forma reinventada, a Batalha das Termópilas. O personagem principal é Leônidas (Gerard Butler), o rei de Esparta, que foi treinado arduamente desde sua infância para ser digno de adquirir tal posto.

Leônidas então, sem aprovação do corrupto conselho nem dos oráculos, parte com 300 dos melhores soldados espartanos para batalhar contra o grotescamente imenso exército do grande dominador Xerxes (Rodrigo Santoro) depois que este, por meio de um mensageiro, “propõe” uma relação de dominância e escravidão sob Esparta.

Enquanto isso, a rainha de Esparta (Lena Headey) luta contra a corrupção do conselho dentro de esparta para que possam ser enviados reforços ao seu marido e seu pequeno exército.

Desde o início da projeção vemos a beleza visual do filme e a fidelidade do mesmo em relação ao seu material de origem. O diretor Zack Snyder já disse em entrevistas o quanto ele gosta de realmente transformar o gibí em um filme com o menor número de mudanças possível. Filmado com uma tela digital (o cenário é colocado posteriormente por computador), o filme realmente segue sua graphic novel à risca, reproduzindo belíssimamente cenas marcantes da mesma, com uma direção de arte impecável e riquíssima em detalhes. Também é notável a habilidade de, com essa técnica de filmagem, mostrar realmente a grande magnitude do exército inimigo, nos mostrando em planos amplos o número de soldados que os 300 terão de enfrentar.

A ação do filme é o seu grande ponto forte. Usando com frequência as câmeras lentas, a grande quantidade de violência, planos-sequência magníficos e as outras técnicas já citadas, o filme transmite tudo sem que detalhes sejam perdidos (ao contrário de filmes como, por exemplo, Transformers), fazendo com que o filme fique, além de tudo, estiloso.

Falando em estilo, 300 tem bastante. Não só nas cenas de ação, mas também em muitas falas de seu protagonista. Mesmo sendo superficial (chegarei lá), Leônidas aparentemente tem o dom de formular frases excelentes e que todos conhecem, como “TONIGHT WE DINE IN HELL!!“, “SPARTANS, WHAT’S YOUR PROFESSION!?“, sem falar da clássica “THIS IS SPARTA!!“.

Porém, claro, o filme não é perfeito. Como já havia dito, o desenvolvimento de personagens é pouco. Leônidas, por mais legal que seja, não passa de um rei durão. Xerxes também não apresenta muito mais do que uma personalidade monótona de complexo de superioridade. Por mais que ninguém lá decepcione, os personagens não são profundos nem bem-desenvolvidos o bastante para que nos provoque algum tipo de emoção que não sejam arrepios constantes devido à belíssima matança desenfreada que presenciamos ou que não seja simples fascínio pelas qualidades visuais do projeto.
300 é um filme absurdamente divertido, empolgante, bonito e fascinante. Com um desfecho bom e relativamente realista, só decepciona àqueles que querem uma experiência mais complexa.

Nota: 8,5/10

E gostaria de falar de novo o quanto eu gosto do diretor Zack Snyder, que, posteriormente, conseguiu realizar a grande proeza de adaptar a obra-prima dos quadrinhos Watchmen de uma maneira magnífica (mesmo tendo desagradado a muitos fãs do gibí). E não só por isso, mas também por conseguir realizar um ótimo remake e um presente aos fãs de filmes de zumbí: A Madrugada dos Mortos.
Estou ansioso para sua animação A Lenda dos Guardiões (que estréia dia 9) e para seu outro projeto Sucker Punch.

Descanse em paz, Satoshi Kon

Olá. Desculpem por não estar postando muito…é que não ando vendo muitos filmes. Eu sempre peço desculpas pela inatividade, mas também não posso controlar isso D=

Infelizmente, não venho hoje aqui pra postar alguma crítica, e sim para prestar minha homenagem a um ótimo diretor que faleceu ontem (se não me engano), dia 24/08/2010.

Como devem ter visto pelo título, me refiro à Satoshi Kon, diretor japonês de animação, que nasceu no dia 12 de Outubro de 1963, e que chegou a completar 47 anos de vida.

Quando escreví minha crítica do filme Paprika, de 2006, comentei a excelência do diretor. E ele realmente era muito bom. Ele sabia o que fazia. Sabia como nos chocar, como nos envolver e como nos emocionar em seus filmes. Sempre focando em filmes mais adultos, com psicológico pesado, ele não só adquiriu muitos fãs ao redor do mundo, mas também serviu de inspiração para muita gente. Há quem diz que Paprika serviu de inspiração para o último (simplesmente excelente, diga-se de passagem) filme de Christopher Nolan: A Origem.

Em sua carreira como diretor, ele dirigiu Perfect Blue, Millenium Actress, Paprika, Tokyo Godfather e o ato Magnetic Rose, de Memories. Todos excelentes.

Mas, enfim, vim aqui apenas mostrar o meu lamento pela morte desse diretor maravilhoso. Não achei informações precisas sobre a causa da morte dele, mas, de qualquer forma, é triste.

Descanse em paz, Satoshi Kon. Parece que, dessa vez, ele está realmente indo em direção às estrelas.

Bons filmes a todos.

Crítica: Encontro Explosivo

Pronto, a terceira e última crítica prometida pra hoje xD

Encontro Explosivo é um filme mais conhecido do que os dois sobre os quais falei hoje.

Ele conta a história de June Havens (Cameron Diaz), uma mulher que trabalha com peças de carros e que está voltando pra casa para ver o casamento da irmã depois de uma viagem. No aeroporto, ela conhece Roy Miller (Tom Cruise), um cara pela qual se sente atraída e acaba estabelecendo uma relação. Até que uma hora vai no banheiro e, quando volta, todos morreram, e ele havia matado todo mundo. Depois, descobrimos que ele é um agente que está protegendo uma bateria inesgotável, que pode dar problemas se cair em mãos erradas, e está protegendo também o criador dessa bateria. E acaba envolvendo ela nisso.

O filme é bem típico de ir parar na “Sessão da Tarde”, já que é ‘para toda a família’ e etc. Tem ação, romance, comédia, elenco gostosão…só falta uma história decente.

Ah, não, desculpa, nesse filme com ação, romance e comédia, falta não só a história decente, mas ação decente, romance decente e uma comédia decente.

É, isso mesmo. As cenas de ação do filme não são nada empolgantes, graças a uma direção nada inspirada. Além de não empolgarem, elas são mentirosas demais, e fazem com que você olhe pra tela com cara de “Meu Deus, aonde fui me meter?”

O romance é bem aguinha com açúcar, sem química alguma. A comédia é forçada. Tem seus momentos engraçados, mas em geral é tudo previsível e patético.

Além de tudo isso, o filme tenta atingir profundidade com umas reviravoltas medíocres que não convencem nem um pouco. Fora isso, o filme tem alterações estranhas no ritmo, já que em partes ocorre tudo rápido, mas em outras é tudo MUITO enrolado. Mas é tanta enrolação e tantas cenas desnecessárias, que o filme atinge a marca de quase duas horas de projeção, sendo que tudo poderia ter sido feito em muito menos tempo. Isso faz com que, além de tudo, o filme fique massante. E tudo isso para um desfecho completamente babaca que não direi por motivos óbvios.

As únicas partes boas do filme se dão ao interessante personagem de Paul Dano, o criador da tal bateria, e ao ex da principal. São os personagens mais interessantes, mas que não tem aprofundamento algum. Outro problema do filme, ele enche a tela com personagens mal desenvolvidos (como os outros agentes, os pais de Roy, etc.)

Então é isso. Encontro Explosivo é um filme medíocre. Que começa medíocre, e termina medíocre.

Nota: 3,5

Crítica: Professor Layton and the Eternal Diva

Olá! Essa é a segunda das três críticas previstas.

Professor Layton é uma série de jogos para o videogame portátil Nintendo DS, que é adorada e bem famosa. Os jogos são investigativos, que consistem em ir pelos mapas falando com pessoas para descobrir pistas e, principalmente, resolver Puzzles bem desafiadores. Jogos parados, com um ritmo lento, mas que vicia e cativa pelas animações bonitas, puzzles bem bolados e pelos personagens. Por enquanto, foram lançados fora do Japão apenas dois jogos da série: Professor Layton and the Curious Village e Professor Layton and the Diabolical Box. Existem ainda 3 jogos: Professor Layton and the Unwound Future (lançamento ocidental previsto pra Setembro de 2010), Professor Layton and the Specter’s Flute (lançamento ocidental não divulgado ainda, mas lançou no Japão em 2009) e Professor Layton and the Mask of Miracles (não lançou ainda nem no Japão, já que está previsto para lançar no novo portátil, o 3DS.)

O filme, Professor Layton and the Eternal Diva faz parte da linha temporal da série, e ocorre logo depois do jogo Professor Layton and the Specter’s Flute (que, pelo o que sei, conta a primeira aventura do Professor com seu aprendiz Luke). Isso não altera nada no entendimento da história, por sorte, já que o jogo nem lançou no Ocidente, então praticamente ninguém desse lado do mundo jogou.

Tudo começa quando Professor Layton recebe uma carta de uma antiga aprendiz dele, que hoje é uma cantora de ópera, Janice. Na carta, ela alegava que sua melhor amiga que morreu de uma doença, voltou à vida no corpo de uma garotinha, que sabia de todos os segredos que elas mantinham entre sí, e que alegou ter vida eterna. O Professor, então, vai junto a Luke para a cidade dela averiguar.

Chegando lá, eles assistem a uma ópera na qual ela atuava, chamada O Reino Eterno. No final da ópera, um sujeito mascarado suspeito sobe ao palco e diz que começará um jogo: Aquele que resolver todos os puzzles e charadas que seriam passadas, ganharia um prêmio: A vida eterna. Mas apenas uma pessoa presente no teatro poderia ganhar isso. Logo depois, o teatro se desprende da cidade e toma a forma de um navio, e acaba indo para o mar, assim impedindo que as pessoas saíssem de lá. Resta então ao Professor e a Luke ver o que está acontecendo e como escapar daquela situação.

O filme é bem fiel aos jogos na animação (que é muito bonita, diga-se de passagem) e na trilha sonora. Os personagens principais são anteriormente apresentados neles também, então quem nunca os jogou pode achar que não houve o devido aprofundamento neles, mas de qualquer forma, eles nao deixam a desejar e agem de forma bem humana. Tem horas em que há detalhes que ajudam muito no enriquecimento deles, como quando Luke encontra-se encurralado e, desesperado, começa a lacrimejar, mas abaixa o boné a fim de esconder. Esses detalhes impressionam e ajudam bastante em diversas ocasiões. Quanto aos personagens novos, eles são apresentados de forma muito boa, com personalidades bem constuídas e ações verossímeis.

Infelizmente, o filme não retoma o ar investigativo de sua origem. Por mais lenta que seja a sua narrativa (o filme tem aproximadamente 90 minutos, mas ainda assim, a narrativa dele é lenta), ainda há pouco foco nos puzzles, e mais foco na interação entre os personagens, o que é bom, mas também em cenas de ação que se revelam extremamente bobas. Assim, o filme acaba perdendo muito de sua essência. Esse é o seu maior defeito. Por causa disso, ele deixa de entreter tanto quanto poderia.

Ainda assim, Professor Layton and the Eternal Diva merece ser conferido. Se você é fã dos jogos, vai gostar da experiência. Se você não é…bem…não há muito pra você aqui, mas pode ser que você goste.

Nota: 6,5

Esse filme foi lançado diretamente em DVD nos EUA, mas nada aqui no Brasil. Se quiser conferir, dá pra achar para download em vários sites.

Crítica: Black Rock Shooter [OVA]

Olá! Como dito, está aqui a primeira crítica das 3 que postarei hoje.

Para quem não sabe, OVA é sigla para Original Video Animation, ou seja, uma animação de um ou mais episódios que é lançada diretamente para DVD, sem antes passar na TV ou nos cinemas. E esse OVA de Black Rock Shooter é uma animação de mais ou menos 50 minutos que foi baseada num clipe de uma música do Vocaloid, que tem o mesmo nome.

O OVA gira principalmente em torno da adolescente Mato Kuroi, que, no primeiro dia de aula, conhece uma estudante recém-chegada na escola chamada Yomi Takanashi, e elas começam uma amizade fortíssima. As duas estudam na mesma sala, fazem esportes na mesma quadra (Mato faz basquete e Yomi faz vôlei), e tudo vai bem, até que sua classe é dividida e elas acabam caindo em turmas diferentes. Depois de algumas complicações, Mato então recebe uma mensagem no meio da aula de sua mãe, dizendo que tem detetives em sua casa a procura da sua amiga, que agora estava desaparecida.

Lendo essa sinopse, parece que é uma história normalzinha e sem-graça, mas enquanto tudo acontece, ocorrem lutas bem destrutivas em um mundo paralelo que, aparentemente, não tem nada a ver com nada. Isso é o que me chamou a atenção. Black Rock Shooter não tem apenas esse enredo principal que eu citei…tem cenas de luta aleatórias entre duas meninas. Lutas espetaculares, com direito a tiros de canhão, correntes, explosões, espadas, tudo isso com uma coreografia fabulosa…mas essas cenas confundem. A impressão que dá é que são dois animes distintos: Um slice of life normalzinho e um de ação com lutas rápidas e frenéticas. E essa mistura, por mais que não seja nem um pouco tediosa, acaba dando a sensação de que está faltando alguma coisa. Buracos imensos que não são tampados, explicações que não são dadas…explicarei isso quando for falar do desfecho.

A animação do OVA é simplesmente fantástica. A fluência nos movimentos, a luminosidade e os cenários são muito bem desenhados e bem feitos. Fora que há um contraste imenso entre as cenas no mundo real, que são com cores mais naturais, e as cenas no tal mundo paralelo, que são mais escuras, com cores fortes e com uma textura diferente. O traço e o design de personagens são muito legais e não deixam nem um pouco a desejar. Outra coisa que adorei foi a trilha sonora, que captava bem o sentimento das cenas, tanto as de draminha como as de porrada. Alternavam entre pianinhos leves e guitarras pesadas, além, claro, da própria música do clipe que originou tudo isso. Nenhuma das partes distintas decepciona. O OVA prende a atenção e nunca se torna tedioso.

Os personagens não são impressionantes. Se expressam devidamente, sentem o que humanos sentiriam, mas faltou um aprofundamento maior. Não faz com que nos identifiquemos muito, não nos emocionam, mas também não soam inverossímeis.

Agora, queria falar sobre o desfecho. Não darei spoilers, porque não tem spoiler para dar. Só no final que as duas histórias retratadas começam a se encaixar e os dois mundos começam a estabelecer algum tipo de relação. Porém, quanto as peças estão começando a se juntar…acaba. Sim, o final é bem aberto. Talvez haja uma continuação para tapar os buracos e explicar melhor as coisas (porque, como já havia dito, PRECISA de algo que explique tudo), porque não deu pra entender muita coisa e tem dúvidas que o espectador carrega do começo ao fim. Não sei se anunciaram uma continuação, não sei se vão anunciar, não sei de nada. Mas precisa.

Então é isso. Resumindo, Black Rock Shooter é um OVA de aproximadamente 50 minutos que é bem interessante, com personagens que não impressionam mas não deixam a desejar, trilha sonora ótima, cenas de ação espetaculares e cenas normais também interessantes. Pena que ainda não deu pra entender nada. Não é uma proeza, não é algo que se possa chamar de ótimo, mas vale a pena dar uma conferida.

Nota:7/10

Para quem quiser conferir, o OVA não está disponível em DVD aqui no Brasil e nem em lugar nenhum. Só no Japão. Mas há lugares nos quais Black Rock Shooter está disponível para download, com legendas e tudo, é só procurar =P
E para quem quiser, segue aí embaixo o clipe que deu origem a tudo isso.

Fim das férias, retorno ao blog e breve comentário sobre Eclipse.

Olá! Tudo bem com vocês?
Então, as férias estão chegando ao fim…pra alguns, já chegou, mas minhas aulas começam só segunda-feira dia 2/8…

Agora que ficarei em casa e não viajarei mais, poderei dedicar mais tempo ao cinema e ao blog. Não postei nada nas férias justamente por isso =/

Para compensar, hoje ainda postarei 3 críticas: Black Rock Shooter (Um OVA em anime recém-lançado), Professor Layton and the Eternal Diva e Encontro Explosivo, que é mais conhecido e vocês devem ter ouvido falar.

Quanto ao novo filme da saga Crepúsculo, o Eclipse, eu não postei crítica, como podem ter visto. Não postei porque, quando voltei do cinema, já havia um vídeo de um vlog que é bem popular atualmente (O ‘Não Faz Sentido’, do Felipe Neto) falando sobre isso. E, depois de assistir ao vídeo, concluí que ele pensou da mesma forma do que eu, com algumas diferenças, lógico, mas em geral, o que eu penso é muito parecido com o que ele pensa.

Por isso, se postasse aqui, alguém poderia dizer que estou plagiando. Não que muitas pessoas leiam o blog e comentem, mas sei lá…Twilighters conhecidas de outros lugares adoram brigar comigo por pouca coisa…imagino se eu chegasse postando aqui o que já foi dito por outro ‘inimigo’ dessas pessoas. Prefiro evitar encrencas.

Enfim, por enquanto é isso. Hoje teremos as críticas que citei acima, e vou voltar a atividade xD

Obrigado por ler o/

Crítica: Toy Story 3

Como prometido, vim aqui postar sobre Toy Story 3.

Mas antes, faço questão de demonstrar o meu amor pelos dois primeiros filmes, principalmente ao original. Toy Story sempre foi uma franquia com qualidade de produção excepcionalmente alta, com personagens tocantes, animação ótima (para as respectivas épocas), roteiros lindíssimos e direção maravilhosa. Se fosse para dar notas, daria 10/10 aos dois. Infelizmente, como todos sabemos, em 90% das trilogias, a qualidade sempre cai no terceiro. Foi assim com Matrix, Shrek, O Exterminador do Futuro e até ligeiramente com a excelente franquia O Poderoso Chefão.

E esse? Faz parte dos 90% ou é algo que se sobressai? Adianto: Toy Story 3 não só conseguiu manter a qualidade, como se mostrou ainda melhor que os anteriores. Como, você pergunta? Bom, direi tudo na crítica.

O filme se passa mais ou menos 10 anos depois do 2º. Andy (agora com a voz de John Morris) está indo para a faculdade e deve escolher um destino para seus tão usados e prezados brinquedos. Se recusando a jogá-los no lixo, resolve guardá-los no sótão, com exceção de Woody (voz de Tom Hanks), que decide levar para a faculdade, visto que sempre foi seu brinquedo favorito e tem um significado para ele.

Porém, em um engano, os outros acabam indo para o lixo. Ofendidos, fogem do saco preto e entram na caixa onde estão as doações para a Creche Sunnyside, um lugar no qual iriam brincar com eles e eles nunca mais se sentiriam sozinhos. E Woody, em uma tentativa falha de resgate, vai junto. Chegando lá, o lugar parece maravilhoso, colorido, e eles conhecem briquedos legais, como Lotso (voz de Ned Beatty) e o ‘namorado’ da Barbie (voz de Jodi Benson), Ken (voz de Michael Keaton). Porém, nem tudo é como aparenta, e a creche acaba revelando-se um lugar absurdamente sombrio.

E, sim, quando digo que é sombrio, eu realmente quero dizer isso. Pode ser um filme de animação, com brinquedinhos e tal, mas ele tem um tom bem mais ‘dark’ dessa vez. Como todos os trabalhos da Pixar, sempre tem um outro significado, uma moral. De novo, assim como nos outros dois filmes, a lição de amizade e união que o filme passa é muito forte, e nisso o roteiro de Michael Arndt (que já foi até premiado pelo excelente roteiro de Pequena Miss Sunshine) é simplesmente espetacular. Novos personagens também são introduzidos, e o que eu mais gostei é a menininha Bonnie (Emily Hahn), que é simplesmente a personagem mais fofa e bonitinha do mundo, assim como toda criança, é alegre, bonitinha e tímida, abraçando forte seu brinquedo toda fez que precisa dizer “Oi” para outro alguém, mas que sempre que está sozinha, brinca e pula toda feliz com seus bonequinhos. É uma personagem bem humana, assim como todos os outros também.

Outra coisa que adorei foi o foco que deram no próprio Andy. Ele não simplesmente esquece os brinquedos, parecendo uma espécie até de vilão. Não, ele se comporta de forma bem humana também, vendo o significado que seus brinquedos tinham para ele, fazendo não só que adquiramos um respeito imenso por ele, mas também fazendo uma das cenas mais tocantes da projeção. Sentimos por ele a consideração que ele tem com os mesmos, independente de sua idade atual.

Falando nas cenas tocantes, Toy Story 3 é cheio delas. Não vou dar spoiler, claro.

E ainda tem mais! Gostaria MUITO de falar sobre o vilão do filme. Não vou dizer quem é, mas eu tinha que mencioná-lo. Em muitos filmes, incluindo os para adultos, é comum vermos vilões diferentes. Alguns morrem, outros se redimem, outros continuam maus. E o desse filme é do tipo que continua mau. Sério, admito que fiquei impressionado com a coerência desse personagem, já que ele consegue ser um maldito do começo ao fim, sem mudar de forma alguma. Isso contribui muito para o clima mais tenso do filme que citei anteriormente. É um dos vilões mais maus que já ví em um bom tempo, e não esperava ver algo assim num filme infantil.

As referências aos filmes anteriores também são diversas, como no começo, quando vemos a camiseta do lixeiro que vem pegar o saco onde os brinquedos estão (quem assistir, verá o que digo), etc.

Toy Story 3 é um filme excelente. A Pixar mais uma vez acerta e impressiona, com uma grande quantidade de detalhes também (como na cena em que Woody está debaixo de um carrinho de faxineiro e uma das rodas fica balançando por estar solta), nos fascina. Nos deixa feliz, nos deixa tristes, nos toca, nos deixa tensos e faz com que viremos crianças de novo, tudo isso com uma sagacidade simplesmente indescritível. É um filme vencedor. O melhor da trilogia, o melhor filme da Pixar e o 2º melhor filme que já ví na minha vida, perdendo apenas para Kiki’s Delivery Service, do diretor Hayao Miyazaki.

Nota: 10*/10

Falando em Hayao Miyazaki, é feita uma homenagem a ele e ao seu personagem Totoro, do filme Tonari no Totoro. É o bichão de pelúcia da Bonnie. Mais um motivo para eu admirar o que ví.