Crítica: Kick-Ass – Quebrando Tudo
Olá!
Sim, ando meio inativo…mas são os motivos de sempre…escolinha, provinhas, preguiça, etc xD
Venho aqui então falar sobre o filme Kick-Ass – Quebrando Tudo, dirigido por Matthew Vaughn, baseado na HQ de mesmo nome que, se não me engano, vai ser lançada (ou já foi) ainda esse mês em edição definitiva pela editora Panini.
Lí a HQ na internet bem antes do filme lançar, e gostei bastante do que lí. Mas enfim, falemos então do filme. Comentarei mais sobre a HQ quando for necessário.
Kick-Ass fala a história de Dave Lizewski (Aaron Johnson), um adolescente comum, geek, e fã de gibís, sem maiores ‘empolgações’ em sua vidinha. Até que um dia, compra uma roupa de mergulho pelo eBay e decide virar Kick-Ass, um heróizinho que sai por aí ajudando pessoas em tarefas pequenas…bastante humano, enfim, já que não está em forma, apanha como a maioria apanharia sempre que tenta lutar contra algum trombadinha. É até esfaqueado, atropelado e mandado ao hospital no começo. Depois de sair do hospital, não decide voltar à vida normal, e sai por aí de novo. Até que, finalmente, consegue defender alguém. Ele, então, é filmado, vai ao YouTube, e em pouco tempo, vira uma ‘celebridade’.
A partir daí, ocorrem várias coisas estranhas – que não citarei para não dar spoiler – que o ligam ao vilão Frank D’Amico (Mark Strong), mas a história básica é basicamente essa.
O filme conta com um roteiro bem interessante, contado pelo próprio Dave, e que mostra a nós como o personagem é humano, inocente e ingênuo. Ao mesmo tempo, fazendo piadas efetivas e citando outros filmes como Crepúsculo dos Deuses e até a série Lost. Isso graças a uma bela atuação de Aaron Johnson, que revela-se um ótimo ator.
Outro ponto interessante (o mais interessante, diga-se de passagem), é a seriedade com a qual o filme se trata. Existem muitos filmes de ação, como Adrenalina, Mandando Bala, etc, que não se levam a sério para evitar o fracasso, mas Kick-Ass toma coragem e enfrenta tudo de cabeça, com seriedade, mesmo com as piadas feitas ao longo do filme. Logo, concluímos que é uma atitude perigosa e corajosa do diretor Matthew Vaughn, a ponto até de tomar liberdades para com a HQ. Sim, o filme é bem diferente da HQ em vários pontos, oferecendo até um fim relativamente diferente e bem mais otimista.
As sequências de ação, então, são simplesmente excelentes. Muito violentas para alguns, porém, a violência no filme é realmente BEM equilibrada e usada de forma inteligente. Em cenas, é tratada pra dar maior peso a acontecimentos, e em outras, é tratada de forma gráfica, com matanças bem intensas e legais de se ver. Em maioria, essas cenas mais violentas ocorrem sempre que a personagem Hit Girl (Chloe Moretz) entra em ação. Uma menininha pequena e inocente, treinada para matar. É o personagem que você vai passar o filme inteiro torcendo para que apareça, que você vai amar e vibrar sempre que ela vestir sua fantasia e utilizar suas frases, como “Okey, vadias, vamos ver o que podem fazer“, ou “Então você quer brincar?“. Nesse filme, a atriz Chloe Moretz rouba a cena, MESMO, fazendo um personagem bem forte e ao mesmo tempo inocente. Como é dito na HQ, “Imaginem ‘Desejo de Matar’ misturado com a Moranguinho“.
Nicholas Cage também está ótimo, fazendo papel do pai da Hit Girl, Big Daddy. O jeito com que fala, com suas pausas, ênfases e risadas desegonçadas lembram bastante o ator Adam West, que fazia o papel do Batman na série dos anos 60. Big Daddy é um personagem engraçado, mas que demonstra-se sábio e extremamente habilidoso, como vemos na cena na qual ele invade o armazém (que, na minha opinião, é uma das melhores cenas do filme).
Resumindo, o elenco do filme é excelente. Dou destaque também a Christopher Mintz-Plasse, mais conhecido como ‘McLovin’, do excelente filme Superbad – É Hoje, que faz o papel do ‘herói’ Red Mist, filho do vilão Frank D’Amico.
É um filme BEM divertido, que te fará vibrar, ficar de boca aberta, rir e se envolver com personagens bem desenvolvidos. Em certos pontos, é melhor que a HQ na qual foi inspirado. No último ato, por exemplo, é quando ficamos sabendo que Red Mist é filho do vilão, numa reviravolta que não nos convence, e que no filme foi eliminada, já que somos apresentados ao personagem como tal desde o começo. O combate final também é outra melhoria do filme.
Está na lista dos melhores filmes que ví esse ano até agora. Agora, que venha Scott Pilgrim.
Nota: 9/10
Segunda-feira falarei sobre Toy Story 3. Até lá! o/