Crítica: Kick-Ass – Quebrando Tudo

Olá!

Sim, ando meio inativo…mas são os motivos de sempre…escolinha, provinhas, preguiça, etc xD

Venho aqui então falar sobre o filme Kick-Ass – Quebrando Tudo, dirigido por Matthew Vaughn, baseado na HQ de mesmo nome que, se não me engano, vai ser lançada (ou já foi) ainda esse mês em edição definitiva pela editora Panini.

Lí a HQ na internet bem antes do filme lançar, e gostei bastante do que lí. Mas enfim, falemos então do filme. Comentarei mais sobre a HQ quando for necessário.

Kick-Ass fala a história de Dave Lizewski (Aaron Johnson), um adolescente comum, geek, e fã de gibís, sem maiores ‘empolgações’ em sua vidinha. Até que um dia, compra uma roupa de mergulho pelo eBay e decide virar Kick-Ass, um heróizinho que sai por aí ajudando pessoas em tarefas pequenas…bastante humano, enfim, já que não está em forma, apanha como a maioria apanharia sempre que tenta lutar contra algum trombadinha. É até esfaqueado, atropelado e mandado ao hospital no começo. Depois de sair do hospital, não decide voltar à vida normal, e sai por aí de novo. Até que, finalmente, consegue defender alguém. Ele, então, é filmado, vai ao YouTube, e em pouco tempo, vira uma ‘celebridade’.

A partir daí, ocorrem várias coisas estranhas – que não citarei para não dar spoiler – que o ligam ao vilão Frank D’Amico (Mark Strong), mas a história básica é basicamente essa.

O filme conta com um roteiro bem interessante, contado pelo próprio Dave, e que mostra a nós como o personagem é humano, inocente e ingênuo. Ao mesmo tempo, fazendo piadas efetivas e citando outros filmes como Crepúsculo dos Deuses e até a série Lost. Isso graças a uma bela atuação de Aaron Johnson, que revela-se um ótimo ator.

Outro ponto interessante (o mais interessante, diga-se de passagem), é a seriedade com a qual o filme se trata. Existem muitos filmes de ação, como Adrenalina, Mandando Bala, etc, que não se levam a sério para evitar o fracasso, mas Kick-Ass toma coragem e enfrenta tudo de cabeça, com seriedade, mesmo com as piadas feitas ao longo do filme. Logo, concluímos que é uma atitude perigosa e corajosa do diretor Matthew Vaughn, a ponto até de tomar liberdades para com a HQ. Sim, o filme é bem diferente da HQ em vários pontos, oferecendo até um fim relativamente diferente e bem mais otimista.

As sequências de ação, então, são simplesmente excelentes. Muito violentas para alguns, porém, a violência no filme é realmente BEM equilibrada e usada de forma inteligente. Em cenas, é tratada pra dar maior peso a acontecimentos, e em outras, é tratada de forma gráfica, com matanças bem intensas e legais de se ver. Em maioria, essas cenas mais violentas ocorrem sempre que a personagem Hit Girl (Chloe Moretz) entra em ação. Uma menininha pequena e inocente, treinada para matar. É o personagem que você vai passar o filme inteiro torcendo para que apareça, que você vai amar e vibrar sempre que ela vestir sua fantasia e utilizar suas frases, como “Okey, vadias, vamos ver o que podem fazer“, ou “Então você quer brincar?“. Nesse filme, a atriz Chloe Moretz rouba a cena, MESMO, fazendo um personagem bem forte e ao mesmo tempo inocente. Como é dito na HQ, “Imaginem ‘Desejo de Matar’ misturado com a Moranguinho“.

Nicholas Cage também está ótimo, fazendo papel do pai da Hit Girl, Big Daddy. O jeito com que fala, com suas pausas, ênfases e risadas desegonçadas lembram bastante o ator Adam West, que fazia o papel do Batman na série dos anos 60. Big Daddy é um personagem engraçado, mas que demonstra-se sábio e extremamente habilidoso, como vemos na cena na qual ele invade o armazém (que, na minha opinião, é uma das melhores cenas do filme).

Resumindo, o elenco do filme é excelente. Dou destaque também a Christopher Mintz-Plasse, mais conhecido como ‘McLovin’, do excelente filme Superbad – É Hoje, que faz o papel do ‘herói’ Red Mist, filho do vilão Frank D’Amico.

É um filme BEM divertido, que te fará vibrar, ficar de boca aberta, rir e se envolver com personagens bem desenvolvidos. Em certos pontos, é melhor que a HQ na qual foi inspirado. No último ato, por exemplo, é quando ficamos sabendo que Red Mist é filho do vilão, numa reviravolta que não nos convence, e que no filme foi eliminada, já que somos apresentados ao personagem como tal desde o começo. O combate final também é outra melhoria do filme.

Está na lista dos melhores filmes que ví esse ano até agora. Agora, que venha Scott Pilgrim.

Nota: 9/10

Segunda-feira falarei sobre Toy Story 3. Até lá! o/

Scott Pilgrim Contra o Mundo estréia nos EUA dia 13/08

Scott Pilgrim é um gibí de 6 edições criado pelo canadense Bryan Lee O’Malley. A primeira e a segunda edições (em um volume só) já foram lançados aqui no Brasil pela Companhia das Letras.

Conta a história de Scott Pilgrim, um cara de vinte e poucos anos, folgado, despreocupado, gamer e membro da banda Sex Bob-Ombs, que se apaixona por Ramona Flowers, uma americana que trabalha fazendo entregas. Quando eles começam a namorar, ela dá a notícia de que, se eles vão continuar, ele precisava derrotar os 7 ex-namorados do mal dela. É um ótimo gibí, com diálogos simplesmente excelentes, personagem engraçadíssimos e uma comédia muito bem-bolada. O desenho também não deixa a desejar, com seu ótimo estilo cartunesco.

E o filme foi anunciado e já tem dois trailers. Dirigido por Edgar Wright, diretor dos excelentes Chumbo Grosso e Todo Mundo Quase Morto, estrelando Michael Cera no papel do principal.

Vendo pelos Trailers, boto bastante fé no filme, e o diretor é ótimo. Mesmo. Eu realmente boto fé.

Aqui está o segundo trailer. E pra quem quiser comprar o gibí, tem no site da Livraria Cultura e custa cerca de 28 reais.

Sexta-feira, espero que estréiem filmes aqui na cidade, já que essa semana não saiu NADA. Aí, se aparecer algo, eu postarei aqui =P

Adaptação live-action de Gantz.

Isso mesmo. Teremos adaptação live-action do mangá Gantz.

Gantz, pra quem não sabe, é um mangá escrito e desenhado por Hiroya Oku, que, por enquanto, aqui no Brasil, está na 26ª edição, publicado pela Editora Panini. Existe um anime, mas com apenas 26 episódios e não conta quase nada do mangá. É um péssimo anime. Mas o mangá é simplesmente um dos melhores que eu já lí.

O diretor é Shinsuke Sato, responsável por filmes como Rock’n’Roll Mishin, Himawari e outros que não ví. Também foi responsável pelo design de personagens e cenários do jogo Tekken 4.

Gantz conta a história de Kurono Kei, um adolescente que morre atropelado por um trem junto com seu amigo Katou Masaru e vão para uma espécie de “jogo” onde eles tem que matar aliens e coletar pontos. Ao juntar 100 pontos, podem reviver alguém que morreu lá dentro, sair do jogo e voltar à vida ou pegar uma arma melhor. Sim, uma história exótica e estranha, mas tem uma ótima ação, ótima qualidade e um desenvolvimento de personagens sem igual.

Crítica: Fúria de Titãs

Olá! Desculpem a demora.

Ontem assistí o filme Fúria de Titãs. Remake de um filme clássico de 1981 com o mesmo nome.

Assistí o filme antigo em uma aula de inglês e tive até que fazer uma prova sobre ele. Obviamente, o filme não ensinava sintaxe e a prova foi puramente de questões sobre cenas aleatórias do filme.

Enfim, nada disso é importante. Essa versão de 2010 tem um enredo bem diferente do primeiro. Aqui, os seres humanos apresentam um ódio enorme para com os Deuses, alegando que apenas o homem pode governar o próprio homem e construir uma sociedade. Hades (Ralph Fiennes) então, propõe a Zeus (Liam Neeson) e aos outros Deuses do olimpo um plano que fará com que os humanos voltem à rezar e à terem fé nos divinos, realizando pequenos ataques à cidade grega Argos e dizendo aos humanos que, ao ocorrer o eclipse, eles devem sacrificar a princesa Andrômeda (Alexa Davalos), ou o Kraken atacará e destruirá toda a civilização alí instalada.

O principal é Perseu (Sam Worthington), um semi-deus que tem os ‘pais adotivos’ mortos em um pequeno ataque de Hades, que sai numa jornada junto com um grupo de soldados habilidosos e de sua guardiã Io (Gemma Arterton) para achar alguma forma de derrotar o grande monstro, o Kraken. Mas é ÓBVIO que Hades não ia ser bonzinho assim e tem um plano malévolo para finalmente se vingar de Zeus por colocá-lo no submundo em meio à dor e sofrimento.

Logo no começo da projeção já pode ser visto que a direção de arte foi boa, assim como seus efeitos especiais BEM caprichados e bonitos. O filme também tem sequências de ação ótimas e frenéticas, muito bem coreografadas e com cortes rápidos. O problema do filme é no desenvolvimento dos personagens.

Perseu não passa de um jovem teimoso que se recusa a se utilizar das suas ‘vantagens’ de semi-deus. Uma atuação bem ruizinha do bom Sam Worthington. Junto com ele, tem Gemma Arterton, cuja personagem se resume a ser a “donzela em perigo” e estar sempre com os olhos cheios de lágrimas. Mas a parte mais preocupante se dá à Andrômeda, uma personagem tão mal-apresentada e mal desenvolvida que simplesmente deixa de justificar a jornada de Perseu e dos soldados, que é a grande base do filme. Você fica toda hora com o pensamento de “Vai, sacrifica ela logo e salva a cidade…que mané caçar medusa.”.

Tudo isso por culpa do diretor Louis Leterrier, cujos projetos anteriores (Carga Explosiva 1 e 2 e Cão de Briga) mostram exatamente o que ele é: um diretor que não consegue desenvolver bem personagens, que não exige dos atores mas que sempre consegue fazer bons filmes devido à qualidade inquestionável das cenas de ação. E é isso o que Fúria de Titãs é: Um bom filme com roteiro pobre.

Outra coisa da qual eu gostaria de reclamar é a conversão pro 3D. Viajei para ver esse filme e a conversão ficou péssima. Em uma das cenas de ação do filme (uma que ocorre no escuro), a imagem não fica nítida, deixando a luta difícil de se enxergar. Fora que não ‘abusaram’ do efeito como deveriam e em algumas partes os atores ficam meio deformados, como se metade deles estivesse em um plano e metade em outro. Uma conversão feita às pressas e que ficou muito ruim. Se for assistir, assista a versão normal.

Ou seja sábio e espere sair em DVD e assista em casa, o que definitivamente soa muito melhor.

Nota: 5,8/10

Crítica: Paprika (2006)

Olá! Como havia dito ontem, falarei sobre um ótimo filme que pouca gente conhece. E, esse filme é Paprika, um filme de animação japonês dirigido por Satoshi Kon.

Paprika conta a história do cientista Tokita Kosaku (voz de Tooru Furuya), que inventa uma máquina que pode ler, gravar e manipular os sonhos, chamada DC Mini, também criando uma nova forma de terapia, chamada de Psicoterapia. Enquanto isso, um detetive frustrado  por fracassar em seu último caso, chamado Toshimi Kogawa (voz de Akio Otsuka) se utiliza dessa terapia para ver se consegue chegar a algum consenso em sua mente, isso sob instruções de uma mulher chamada Paprika (voz de Megumi Hayashibara). Tudo vai bem até que alguém rouba o DC Mini e o usa para manipular as pessoas e causar terrorismo, prendendo as pessoas em seus sonhos e prejudicando seus corpos físicos. Então, a cientista Atsuko Chiba (voz de Megumi Hayashibara) e outros saem à procura desse terrorista.

Vocês não sabem o quão difícil foi resenhar esse filme, já que ele é confuso e tem MUITOS detalhes nas entrelinhas. Outra parte interessante do filme é que ele troca entre o mundo real e o mundo dos sonhos, deixando o espectador relativamente confuso. Mas isso não estraga nem um pouco o filme…muito pelo contrário, adiciona um grande ‘charme’.

Os personagens são simplesmente excelentes e muito bem-construídos, que se comportam de jeitos diferentes no mundo normal e no mundo dos sonhos, já que obviamente, ninguém tem ‘sonhos reais’, e também mostrando uma parte psicológica afetada desses mesmos. E é disso que o filme realmente trata, do psicológico. E ele nos prende, nos emociona e acima de tudo fascina.

Com uma animação absurdamente linda, colorida e com seus vários tons que de adequam bem às situações, o filme não é apenas entretenimento, é um belo espetáculo visual, graças ao excelente diretor Satoshi Kon (que já fez outros trabalhos excelentes, como Perfect Blue, Milleniun Actress e, o melhor, em minha opinião, Tokyo Godfathers).

É um projeto que segue sua própria linha lógica, e convence, deixando quem está assistindo sempre fascinado e boquiaberto. É um filme complexo, lindo e absurdamente divertido. Vale a pena ser visto por todos.

Nota: 9/10

Crítica: Homem de Ferro 2

Olá! Desculpem a demora…ando meio sem tempo. Mas cheguei aqui com a crítica do grande blockbuster Iron Man 2. Amanhã, estreiarei o novo intuito do blog: os filmes mais antigos. Postarei crítica de um filme que provavelmente poucos de vocês conhecem, mas que vale muito a pena. Aguardem xD

Enfim, posso dizer que adoro o primeiro por seu roteiro bem-escrito, pelas boas cenas de ação (tirando a luta final, que é bem sem sal) e sobretudo pelo Robert Downey Jr, que é um ator que eu sempre achei absurdamente competente.

Depois de quase ganhar um oscar de melhor ator coadjuvante (perdendo para o Heath Ledger, com razão) por Trovão Tropical e de encarnar o famoso detetive Sherlock Holmes, ele volta nessa sequência, que, adiantando, supera o filme original.

Homem de Ferro 2 começa pouco depois do final do original, com os créditos iniciais rolando enquanto o vilão Ivan Vanko (Mickey Rourke) constrói sua roupa de Whiplash. Depois de um tempo, com Tony Stark (Robert Downey Jr.), tomado pelo seu ego fazendo a Stark Expo e sendo ameaçado pelo governo que quer colocar as mãos em suas armaduras, é atacado pelo vilão. Ao derrotar o vilão e prendê-lo, é armado um plano para que ele vá ajudar o maior concorrente de Tony, Justin Hammer (Sam Rockwell) a superá-lo.

Essa sequência, então, ganha pontos por mostrar a decadência do personagem principal, já que, além dos problemas citados anteriormente, o pequeno aparato em seu peito, usado para salvar sua vida, está eliminando resíduos em seu sangue, logo, sobra-lhe pouco tempo de vida, nomeando Pepper (Gwyneth Paltrow) como presidente da empresa. Mas esse negócio acaba sendo um dos principais problemas do filme, mostrando as deficiências no roteiro. Mesmo estando com 89% do sangue contamidado, o único sintoma (além dos psicológicos) são riscos na pele. Outro problema foi a substituição do ator que representa o melhor amigo de Tony, James Rhodes/War Machine, de Terrence Howard para Don Cheadle. Mesmo achando o segundo competende, ele não se demonstra muito bem-encaixado no papel.

Independente disso, com cenas de ação muito mais empolgantes do que as do primeiro filme e com maior participação do diretor Jon Favreau, que também é ator e atua de forma bem divertida no filme, a película se torna uma grande vencedora. A adição de personagens como Natalie Rushman/Viúva Negra (Scarlett Johansson) realmente soa MUITO bem. E as diversas referências aos Vingadores e a ótima cena pós-créditos também deixa o espectador ansioso para conferir os projetos que vem a seguir (filmes do Capitão América, Thor e o dos Vingadores).

Infelizmente, depois de muitas cenas de ação ótimas, sobre pouco espaço para a batalha final contra Ivan Vanko, que se mostra tão sem sal quanto a do original, mas isso prejudica pouco o filme, que já empolgou todo mundo antes disso.

Outro fator a se destacar é a ótima trilha-sonora, contendo músicas muito boas e famosas, que se encaixam muito bem nas cenas. Ou vai dizer que não é legal ver Tony em sua armadura, bêbado, lutando contra seu melhor amigo também de armadura, ao som de Robot Rock, do Daft Punk? É genial.

Então, resumindo, mesmo com seus problemas, Homem de Ferro 2 é absurdamente empolgante e divertido…mais do que o primeiro.

Nota: 8/10

I’M ON A HIIIIIGHWAY TO HELL ~

Crítica: Mary e Max

Prontinho, a terceira e última crítica de hoje. Como havia dito no post anterior, deixei o melhor pro final. Mary e Max é um filme de animação em stopmotion, mas não se engane…é uma animação adulta. Não tem nada muito ‘feio’, mas não é para crianças, MESMO. Estreou no Brasil há algum tempo mas está passando em poucos cinemas por enquanto. Tive sorte em ter a chance de assistir. Vou desenvolver mais na crítica.

O filme conta a história de Mary (voz de Bethany Whitmore), uma menininha de 8 anos, baixinha, que usa óculos e com uma marca de nascença na testa com “Cor de cocô“, como é dito no próprio filme. A menina leva uma vida solitária na Austrália, já que não tem amigos, sua mãe é uma alcoólatra viciada em vinho que vive roubando coisas nas lojas e seu pai trabalha o dia inteiro prendendo saquinhos de chá. Ela precisava de um amigo, então, escolheu um endereço aleatório num catálogo de ruas de Nova Yorque para mandar cartas. O endereço escolhido é de Max (voz de Philip Seymour Hoffman), um homem adulto, obeso, depressivo e severamente perturbado por sua infância. Aos poucos, os dois vão se conhecendo melhor, mandando fotos e Max vai ajudando Mary com questões de bullying na escola. Porém, as cartas da menina acabam despertando memórias em Max, deixando-o cada vez mais perturbado. Conforme ambos vão crescendo e Mary vai ficando adulta (agora, com a voz de Toni Colette) , mesmo sem nunca terem se visto, sua amizade é algo absurdamente forte, mas com grandes problemas que ocorrem ao longo da projeção, grande parte devido à loucura de Max e os problemas sociais que Mary passa.

É uma história linda sobre respeito às diferenças, sobre o valor da amizade e da vida em geral. O filme é recheado de um humor negro absurdamente inteligente e muitas vezes até inocente. Mas mesmo assim, é excelente, dócil, inovador e inesquecível, devido à ótima narrativa (o narrador do filme tem a voz de Barry Humphires), ao seu estilo, às fabulosas atuações de voz e ao seu humor inteligente. A animação também não decepciona. A direção de arte é simplesmente fabulosa, mostrando a Austrália em tons coloridos e Nova Yorque em um tom monocromático, mostrando bem as construções da época (já que o filme acontece nos anos 70) e as deficiências da sociedade e dos próprios seres humanos, com suas cenas devidamente dramáticas e com cenas até tensas. Porém, quem não tem defeitos? E por que não respeitar as diferenças? Essas são as morais que o filme passa, e passa com sucesso. Nenhuma parte no filme é desnecessária e nada parece artificial, já que além de tudo, o filme é bem realista e os personagens são bem humanos, mesmo que meio perturbados.

Revelando-se engraçado, dócil, dramático, mas sempre com um tom de esperança, Mary e Max não é só uma bela animação. É uma animação adulta e uma experiência simplesmente fabulosa. Um dos melhores filmes que eu já ví, sem sombra de dúvidas. Vale a pena ser visto por todos os que já têm maturidade para ver a beleza no projeto.

Nota: 10/10

Crítica: Alice no País das Maravilhas

Pronto, a segunda das três críticas prometidas pra hoje. Vou deixar o melhor filme pro final.

Alice no País das Maravilhas é um filme que eu tava esperando MUITO ansioso, com MUITO hype. Qualquer um que ver no meu twitter (@LuizMoura8), os meus tweets antigos chegam até a ser histéricos de tanto Alice que tinha lá. Então, o filme foi bom como eu esperava?

Adianto: Não.

O Tim Burton é um diretor que muitas pessoas gostam. Eu mesmo adoro os filmes dele. Porém, temos que ver que ele não é perfeito, afinal, raramente ele consegue fazer um filme inovador que não seja, bem, ‘a cara dele’, e mais raramente ainda ele consegue nos conquistar com filmes tocantes, optando por filmes fascinantes que, de qualquer forma, nos prendem à tela de cinema com a boca aberta. Porém, Alice não é tocante, nem fascinante, nem interessante.

Bom, já estou me adiantando. Vou contar a história. Nesse filme, Alice (Mia Wasikowska), já está adulta e sendo levada para uma festa que, para sua surpresa, é sua festa de noivado, já que sua mão será pedida em casamento.

Na hora da decisão, Alice vê um coelho com relógio e corre atrás dele, caindo num buraco extremamente fundo e sendo levada para o Mundo Subterrâneo, que já havia visitado incontáveis vezes em seus sonhos quando era criança. Todos ficam esperançosos, já que, segundo o oráculo, Alice é a única que poderia matar o dragão Jaguadarte e derrotar a Rainha de Copas (Helena Bonham Carter), assim transformando de volta o Mundo Subterrâneo no País das Maravilhas.

Até aí, já deu pra ver que não segue a história original, mas não há problemas aqui, já que, teoricamente, pode ser encarado como uma continuação.

Também, o filme é ABSURDAMENTE LINDO visualmente. A direção de arte e os efeitos são simplesmente impecáveis, tanto nos cenários e nos detalhes quanto na cabeçona da vilã. O problema é que, como já havia dito, o filme não nos emociona e nem fascina, então o que resta ao espectador é justamente o visual. Ah, isso sem falar da excelente trilha sonora composta pelo Danny Elfman.

Isso é um problema, já que todos sabem que um filme precisa ter conteúdo antes de ser bonito. Alguns personagens, como o Chapeleiro Louco (Johnny Depp), o gato Risonho (voz de Stephen Fry) e os gêmeos Tweedledee e Twidledoom (Matt Lucas) acrescentam à história, enquanto alguns como a própria Rainha Branca (Anne Hathaway) são tratados como insignificantes e não fazem nada de especial. Fora que a ‘graaande batalha’ no final é bem fraquinha e desinteressante.

Então, Alice é um filme ruim e um tropeçinho na carreira do Tim Burton. Mas, convenhamos, é um tropeço lindo e que valhe a pena ser visto em 3D…e em 3D apenas.

Nota: 4,0/10

Crítica: Surpresa em Dobro

Olá! É, hoje postarei TRÊS críticas. Incluindo a do grande Alice no País das Maravilhas!

Começando por esse filme: Surpresa em Dobro.

O filme começa com Charlie (John Travolta) contando a história sobre a ‘liberdade de solteiro’ de seu amigo Dan (Robin Williams) para um grupo japonês com os quais estão fechando negócio. Porém, pouco tempo depois, uma namorada antiga que ele conheceu na praia tenta contatá-lo e eles marcam um encontro, tudo isso para dizer que ela havia tido gêmeos, que ia ser presa por invasão de propriedade, deixando os filhos com uma amiga. Claro que dá tudo errado com a amiga e então Dan acaba ficando com seus filhos, tendo que fazer o que um pai faz, mesmo sem ter jeito algum para crianças.

Talvez, falando assim, pareça um filme bonito, por falar da questão da paternidade e união dos pais com os filhos. E realmente, tentam passar essa mensagem ao público, mas não fazem isso de forma efetiva.

Supresa em Dobro é mais um daqueles filmes para criança que foca nas piadas físicas (nesse caso, ainda mais do que os péssimos Alvin e os Esquilos), como bolas atingindo as partes íntimas, pessoas prendendo os dedos, dando cabeçadas, etc. E essas piadas NÃO funcionam com pessoas mais crescidas. Fora que a direção é patética e pouco inspirada, sem nos causar emoção nas partes mais dramáticas do filme e fazendo os atores passarem por momentos embaraçosos e vergonhosos, fazendo coisas que, sinceramente, me deu vergonha alheia.

Pra não dizer que é uma falha completa, a película ainda conta com momentos de breve inspiração, cujos créditos vão ao elenco de apoio, como Justin Long (um ator muito competente, que já fez muitos filmes ruins mas sempre faz um ótimo trabalho), Matt Dillon e Seth Green.

Resumindo, Surpresa em Dobro é um filme chato e que suja o nome de quase todos os envolvidos. Por favor, não leve seu filho ou irmão menor para ver esse lixo. Nem minha irmãzinha gostou.

Nota: 1/10

Crítica: Uma Noite fora de Série

No cinema da minha cidade não estreou esse filme ainda. É, pra vocês terem uma idéia. Mas aproveitando uma viagem a uma cidade vizinha (mais desenvolvida) eu aproveitei e assistí esse filme. E posso dizer que eu não me arrependo.

O filme fala sobre o casal Foster, composto por Phil (Steve Carell) e Claire (Tina Fey), cuja relação está sendo prejudicada por falta de tempo e de esforço para com um ao outro. Então, para tentar salvá-los, Phil a leva para o melhor restaurante de Nova York sem fazer reserva, logo, quando eles chegam lá, não há mesa, e eles então decidem pegar a mesa de um casal que não compareceu à reserva: Os Triplehorn.

Depois de beberem e comerem bastante, são abordados por dois homens que os “convidam” para uma conversa particular, mas o que os dois queriam não era dar bronca por terem roubado a reserva de outros, e sim começam a ameaçá-los e perguntar sobre uns arquivos, já que os verdadeiros Triplehorn eram falsários procurados pela polícia. Então, começa uma noite muito estranha, na qual eles correm atrás do casal de falsários e ao mesmo tempo são perseguidos.

É uma premissa bem divertida, de fato. E o filme também é, com uma mistura bem legal entre a ação e a comédia, consegue sim conquistar a audiência, também pela competência de Steve Carell, Tina Fey e do elenco de suporte. Mas é muito pouco ambicioso, ou seja, não mostra nada realmente inovador, deixando de ser, como diz o título, “Fora de Série”.

E também o filme gasta tempo excessivo com cenas idiotas, como no final, quando o casal começa a dançar como strippers, o que, além de causar um bocado de vergonha alheia, fica desinteressante depois de um tempo. Mas, sei lá, confesso que me sentí estranho, já que todos dentro da sala de cinema estavam rindo até suas laringes sairem pelas bocas, tirando eu. É, às vezes eu me sinto incomodado com esse tipo de coisa. Assim como, também, é gasto muito tempo com a “piada” do personagem de Mark Wahlberg aparecendo sem camisa, e é basicamente o que ele faz o filme inteiro. Realmente, é um disperdício, já que Wahlberg é um ator bem competente (mesmo tendo já atuado em lixos como Max Payne e Fim dos Tempos).

Independente disso, Uma Noite Fora de Série é um filme extremamente divertido, que vai fazer você rir e vai lhe mostrar cenas de ação bem interessantes. É um filme que vale a pena ser visto, sem dúvida, mas…talvez em casa seja até melhor.

Nota: 6,5/10