Indicações ao Oscar – 2011

Pois é, pois é…depois de um ano cheio de grandes filmes e grandes decepções, finalmente chegamos à premiação mais esperada por todos: O Oscar!

Antes de falar a lista de indicações, quero deixar claro que, mesmo sendo uma premiação grande, a Academia anda sempre decepcionando e a premiação, ano após ano, fica cada vez mais previsível, o que é uma pena.

E quero deixar claro minha indignação por não terem indicado Scott Pilgrim na parte de Melhor Montagem, que é uma das mais competentes vistas atualmente em qualquer filme.

E eu não ví parte dos indicados a melhor filme pois não estrearam no Brasil ainda. Paciência, né QQ

Enfim, a lista:
P.S: A lista foi tirada do site http://blig.ig.com.br/cinemaetudoissoblog/oscar-2011-candidatos/

Melhor filme

Cisne Negro
O Vencedor
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Minhas Mães e meu Pai
Toy Story 3
127 Horas
Bravura Indômita
Inverno da Alma

Melhor diretor

Darren Aronovsky – Cisne Negro
David Fincher – A Rede Social
Tom Hooper – O Discurso do Rei
David O. Russell – O Vencedor
Joel e Ethan Coen – Bravura Indômita

Melhor ator

Jesse Eisenberg – A Rede Social
Colin Firth – O Discurso do Rei
James Franco – 127 Horas
Jeff Bridges – Bravura Indômita
Javier Bardem – Biutiful

Melhor atriz

Nicole Kidman – Reencontrando a Felicidade
Jennifer Lawrence – Inverno da Alma
Natalie Portman – Cisne Negro
Michelle Williams – Blue Valentine
Annette Bening – Minhas Mães e meu Pai

Melhor ator coadjuvante

Christian Bale – O Vencedor
Jeremy Renner – Atração Perigosa
Geoffrey Rush – O Discurso do Rei
John Hawkes – Inverno da Alma
Mark Ruffalo – Minhas Mães e meu Pai

Melhor atriz coadjuvante

Amy Adams – O Vencedor
Helena Bonham Carter – O Discurso do Rei
Jacki Weaver – Animal Kingdom
Melissa Leo – O Vencedor
Hailee Steinfeld – Bravura Indômita

Melhor longa animado

Como Treinar o Seu Dragão
O Mágico
Toy Story 3

Melhor filme em lingua estrangeira

Biutiful
Fora-da-Lei
Dente Canino
Incendies
Em um Mundo Melhor

Melhor direção de arte

Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
A Origem
O Discurso do Rei
Bravura Indômita

Melhor fotografia

Cisne Negro
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Bravura Indômita

Melhor figurino

Alice no País das Maravilhas
I am Love
O Discurso do Rei
The Tempest
Bravura Indômita

Melhor montagem

Cisne Negro
O Vencedor
O Discurso do Rei
A Rede Social
127 Horas

Melhor documentário

Lixo Extraordinário
Exit Through the Gift Shop
Trabalho Interno
Gasland
Restrepo

Melhor documentário em curta-metragem

Killing in the Name
Poster Girl
Strangers no More
Sun Come Up
The Warriors of Qiugang

Melhor trilha sonora

Alexandre Desplat – O Discurso do Rei
John Powell – Como Treinar o seu Dragão
A.R. Rahman – 127 Horas
Trent Reznor e Atticus Ross – A Rede Social
Hans Zimmer – A Origem

Melhor canção original

“Coming Home” – Country Strong
“I See the Light” – Enrolados
“If I Rise” – 127 Horas
We Belong Together – Toy Story 3

Melhor Maquiagem

O Lobisomem
Caminho da Liberdade
Minha Versão para o Amor

Melhor Curta-metragem de animação

Day & Night
The Gruffalo
Let’s Pollute
The Lost Thing
Madagascar, Carnet de Voyage

Melhor Curta-metragem

The Confession
The Crush
God of Love
Na Wewe
Wish 143

Melhor Edição de som

A Origem
Toy Story 3
Tron – O Legado
Bravura Indômita
Incontrolável

Melhor Mixagem de som

A Origem
Bravura Indômita
O Discurso do Rei
A Rede Social
Salt

Melhor Efeitos especiais

Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
Além da Vida
A Origem
Homem de Ferro 2

Melhor Roteiro adaptado

A Rede Social
127 Horas
Toy Story 3
Bravura Indômita
Inverno da Alma

Melhor Roteiro original

Minhas Mães e meu Pai
A Origem
O Discurso do Rei
O Vencedor
Another Year

 

Maratona Satoshi Kon no Centro Cultural São Paulo a partir do dia 25 de Janeiro.

A partir do dia 25/01, no Centro Cultural São Paulo será exibida uma maratona Satoshi Kon. A maratona inclui os filmes Paprika, Tokyo Godfathers, Millenium Actress, Perfect Blue, o curta Magnetic Rose e os episódios 1, 2, 3 e 4 do excelente anime de 12 episódios Paranoia Agent. Também será exibido Roujin Z.

O Centro Cultural São Paulo fica na Rua Vergueiro, nº 1000, Paraíso. E, claro, na cidade de São Paulo/SP. E o especial será exibido na sala Lima Barreto. A retirada dos ingressos deve ser feita uma hora antes de cada sessão.

Vale a pena ir conferir!

Crítica: Sede de Sangue (2009)

Hoje em dia é difícil lembrar o que realmente é um vampiro. Seguindo a forte tendência causada pela péssima série Crepúsculo, de vampiros reinventados e – se me permitem dizer – purpurinados e ridículos que não fazem jús às características dos bons e velhos vampiros, aqueles que realmente representam criaturas macabras, sexuais, ameaçadoras, descontroladas, que queimam no sol e que tem uma grande e incontrolável sede de sangue.

E Sede de Sangue não segue essa tendência. O filme do ótimo diretor coreano Chan Wook Park (responsável também pelo magnífico Oldboy) conta a história de Sang-hyeon (Kang-ho Song), um padre absurdamente fiel e voltado à religião católica de forma quase obsessiva,, a ponto de criar uma oração completamente perturbada que consiste em pedir, entre outras coisas, para que Deus o atrofie, apenas para que ele receba a ajuda divina e as bençãos. Em uma de suas missões, viaja para um laboratório isolado para servir de voluntário na pesquisa de uma doença virótica aparentemente sem cura. A doença deixa a pessoa com bolhas na pele e com hemorragias fortes, até que ela morra. Ao pegar essa doença, descobriu que a cura para ela seria alimentar-se de sangue, mas ele mantém segredo sobre isso. Assim, as pessoas começam a tratá-lo como um milagre, pois foi o primeiro entre 500 voluntários a sobreviver. Até que ele é chamado por uma mulher para benzer seu filho com câncer. Naquela casa, ele vê Tae-ju (Ok-bin Kim), uma jovem amargurada e depressiva, adotiva que foi abandonada por seus pais de verdade e criado por essa mulher com o único intuito de servir à família e casar com seu filho Kang-woo (Ha-kyun Shin), mas, devido a seus desejos sexuais fortes, acaba começando uma relação com a jovem, tento sua fé questionada pela quebra do voto celibatário e das suas obrigações como um representante de Deus.

Retornando às origens das histórias de vampiros, daqueles que foram citados no primeiro parágrafo da crítica, Sede de Sangue consegue suceder em todos os aspectos. Usando uma fotografia impecável, com cores opacas, criando uma atmosfera dark que combina com a história, e uns posicionamentos de câmera que realmente combinam com as situações, retratando bem os momentos mais agitados, os momentos mais lentos e os momentos de confusão e de loucura.

E essa é outra característica interessante de Sede de Sangue, e também uma de suas maiores falhas. Há um aprofundamento psicológico muito grande em uma situação do filme (depois de uma hora de projeção), na qual as loucuras e as confusões e conflitos psicológicos são retratadas de forma realista e que consegue passar ao espectador as sensações de estranheza absoluta que os personagens sentem. Mas infelizmente, isso toma um tempo excessivo e as cenas são esticadas até a exaustão, fazendo com que a interessante idéia fique tediosa e desinteressante. Mas para a nossa felicidade, depois que essas situações passam e a narrativa se normaliza, o resto do filme se passa sem falhas e, novamente, de forma interessante.

Outro ponto que gostaria de destacar são as ótimas performances dos atores protagonistas Kang-ho Song, que consegue passar a seriedade de um padre, seus conflitos religiosos, seu sofrimento e seus desejos carnais, mas principalmente à performance de Ok-bin Kim, que não só é um colírio aos olhos, como consegue passar muito bem a depressão, o sofrimento intenso e a insanidade de sua personagem.

Resumindo, Sede de Sangue é um verdadeiro filme de vampiros, com uma direção ótima, uma fotografia ótima, atores ótimos, porém grande parte do filme parece desnecessária e soa deveras irritante. Mas isso não faz com que o filme seja ruim. Longe disso. Sede de Sangue é muito bom.

Nota: 8,5/10

Feliz aniversário, Hayao Miyazaki!

Ontem, dia 5 de Janeiro, foi aniversário de 70 anos do diretor de animação japonês Hayao Miyazaki, que, posso dizer com toda a segurança, que é o meu diretor favorito.

Miyazaki, em toda a sua carreira, dirigiu nove filmes e, entre esses, nove obras-primas. Seus filmes são conhecidos por carregarem belíssimas mensagens e lições e por contarem com uma parte técnica de qualidade inigualável. Sua filmografia conta com:

– Nausicaa do Vale do Vento (Kaze no Tani no Naushikaa – 1984)

– Laputa: O Castelo no Céu (Tenkuu no Shiro no Raputa – 1986)

– Meu Vizinho Totoro (Tonari no Totoro – 1988)

– Serviço de Entregas de Kiki (Majou no Taikyubin – 1989) – O meu filme favorito, de todos.

– Porco Rosso (Kurenai no Buta – 1992)

– Princesa Mononoke (Mononoke Hime – 1997)

– A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no Kamikakushi – 2001)

– O Castelo Animado (Hauru no Ugoku Shiro – 2004)

– Ponyo: Uma Amizade que veio do Mar (Gake no Ue no Ponyo – 2009)

Miyazaki planejou se aposentar em 97, depois do sucesso de Mononoke Hime, mas não o fez. Quando ganhou o Oscar por A Viagem de Chihiro, comentou: “Ganhei o Oscar, sim, mas meu braço continua doendo e eu continuo envelhecendo.”, já mostrando seu jeito polêmico como pessoa (já tendo causado diversas controvérias, como quando disse que não gostava do iPad porque quando via adolescentes usando eles no metrô, parecia que eles estavam fazendo movimentos masturbatórios. É.) e que não demoraria muito até ele se aposentar. Oito anos depois, ele ainda não se aposentou. Mas, não importa quando ele vai ou quantos filmes ele faça antes de se aposentar, contando que ele tenha sempre saúde e felicidade, pois o que ele nos deu na carreira dele não foram apenas filmes, foram obras-primas. Presentes. Para todos aqueles que sabem apreciar um bom filme e são inteligentes o bastante para perceber o que está por trás de suas criativas e fantásticas histórias. Hayao Miyazaki merece nossos parabéns e merece sempre o melhor.

Parabéns, Miyazaki, e muito obrigado!

Omedetou gozaimasu!

 

Plumtree

Olá!

Então, para quem leu minha crítica de Scott Pilgrim Contra o Mundo viu que eu falei sobre uma banda canadense que não só participou na composição da trilha sonora do filme como também deu o nome ao personagem principal.

Essa banda é Plumtree, e infelizmente ninguém conhece =/

Plumtree é uma banda de pop indie formada em 1993 apenas por mulheres, e que se separou em 2000.

A discografia conta com 4 álbuns de estúdio. Esses álbuns são Flutterboard (de 1994), Mass Teen Fainting (de 1995), Predicts the Future (de 1997) e o seu último, chamado This Day Won’t Last at All (de 2000)

Eu recomendo.

Segue aqui embaixo a música Scott Pilgrim, do álbum Predicts the Future de 1997.

Crítica: Summer Wars

Summer Wars é um filme de animação japonesa dirigido por Mamoru Hosoda, mesmo diretor do excelente Toki wo Kakeru Shoujo (The Girl Who Leapt Through Time). A história se passa em um presente alternativo onde existe um mundo virtual global chamado OZ, que pode ser acessado por qualquer dispositivo eletrônico. Nesse mundo, você pode criar seu avatar e andar e interagir com pessoas do mundo inteiro, comprar itens, e, em certas áreas e ocasiões, usar seu avatar para combates e torneios de luta virtual. Também é possível trabalhar e ganhar dinheiro de verdade por meio dessa grande “rede”, que contem um sistema de segurança inquebrável. Ou quase.

A história começa quando Natsuki Shinohara (voz de Nanami Sakuraba) – uma menina popular de uma família bem tradicional – oferece para seu amigo Kenji (voz de Ryunosuke Kamiki) – um menino normal, excluído e gênio em matemática – um trabalho para as férias. Esse trabalho, então, seria acompanhá-la em uma viagem longa à casa de sua avó, que estará comemorando seu aniversário de 90 anos. E, lá, ele deveria fingir ser namorado de Natsuki para agradar à família. Lá, Kenji se sente deslumbrado e, pela primeira vez, se sentia em uma família de verdade, já que a dele sempre se mostrou ausente.

Os problemas começam quando, depois de uma noite, Kenji aparece nos noticiários, sendo acusado de invadir o sistema da OZ e de danificar, pichar e vandalizar aquele mundo. Descobre-se, então, que seu avatar foi roubado e hackeado por um avatar de inteligência artificial chamado “Máquina do Amor”, que começa a destruir e roubar milhões e milhões de outros avatares. Mas tudo fica pior quando esse avatar começa a absorver conhecimento e mostra-se uma ameaça de verdade quando têm acesso a satélites que podem ser despejados na Terra e causar grande destruição.

É impressionante, desde o primeiro minuto, a qualidade da animação. Estabelecendo um ótimo contraste entre o mundo real, que é sempre retratado com tons de cor normais e até opacos, e o mundo de OZ, que é extremamente colorido e mistura a animação 2D com um belíssimo cell-shading. A movimentação de todos os personagens é flúida e realista e a iluminação é maravilhosa. Quanto à parte técnica, Summer Wars sucede em todos os quesitos que se pode imaginar.

A trilha sonora também é muito boa, dando um bom tom às cenas e combina exatamente com o intuito do filme. Além disso, há algumas músicas bem viciantes e empolgantes, com a minha favorita sendo a ‘Saigo no Kiki’.

O problema, entretanto, são os personagens. Kenji, por exemplo, é um personagem que foi bem-desenvolvido e que não apresenta problemas, mas a coisa fica ruim quando aparecem os membros da família de Natsuki (isso no começo, já), e a tela fica cheia de personagens que não consegue ocupar o mesmo espaço. E eles são todos representativos na narrativa, então há uma grande sensação de vazio quando a maioria deles aparece. Principalmente Natsuki, que, em vários momentos, simplesmente esquecemos da existência dela, porque, com tantos personagens alí ela acaba ficando no canto, sem grande importância.

Outro problema é o clímax, que é bem decepcionante e nada empolgante. Mesmo sendo a parte mais visualmente atrativa, colorida e bonita de se ver do filme inteiro, nada de realmente emocionante acontece alí. Depois de cenas de batalhas, muito bem coreografadas, massivas e empolgantes, o que esse clímax oferece decepciona e chega ser considerado até bobo.

Mas o que define mesmo se o espectador vai ou não discordar do parágrafo acima é o conhecimento dele quanto à cultura oriental. O clímax ter decepcionado não foi culpa do roteiro, mas sim da minha nacionalidade, pois ele gira em torno de um jogo oriental de cartas chamado Hanafuda, que é totalmente desconhecido e peculiar para nós, ocidentais.

Por sorte, no final, depois desse clímax, há ainda espaço para empolgação e para um desfecho que soa relativamente satisfatório.
Resumindo, Summer Wars é um filme visualmente lindo, bem dirigido e com cenas boas. Aumente dois pontos na nota se você sabe jogar e gosta de Hanafuda.

Nota: 6,5/10

P.S: Summer Wars sai nos EUA em fevereiro, em DVD e Blu-Ray, mas não há previsão de sair aqui no Brasil, e eu não boto fé, então, se quiser, vai ter que importar. E sugiro pegue o Blu-Ray xD

Feliz ano novo!

Olá! Feliz ano novo a todos! Não só os poucos que visitam aqui HAHUEHAUHA é mais um desejo geral. Que 2011 seja muito bom pra todo mundo (que merece)! xDDD

Andei ausente porque viajei, mas estou em casa e tentarei escrever mais umas 2 ou 3 críticas antes de voltar a viajar. E, adivinhem, ainda nem assistí Tron D=

Enfim, também passei aqui para fazer comentários sobre o ano. 2010 foi bom. Tivemos ótimos filmes, como Homem de Ferro 2, Toy Story 3, Como Treinar Seu Dragão, Kick-Ass, A Lenda dos Guardiões, Megamente, A Rede Social e também mais dois que, na minha opinião, foram os melhores e que merecem destaque: A Origem e Scott Pilgrim Contra o Mundo.

Também tivemos filmes péssimos, como Surpresa em Dobro, Encontro Explosivo, Deu a Louca nos Bichos e com destaque pra Alice No País das Maravilhas, que mesmo estando longe de ser o pior, foi a minha maior decepção.

2011 já começa bem, com a estréia de Cisne Negro logo no começo de fevereiro, e, claro Sucker Punch que estréia em março lá nos EUA. Já tô até montando os filmes que quero ver….entre esses estão o Besouro Verde (não espero muita coisa, mas vamos ver), Cowboys e Aliens, e esses dois que citei acima.

Bom, feliz ano novo a todos, e bons filmes ;D

 

 

Crítica: Megamente

Olá!

Mais uma vez, demorei pra caramba pra postar algo, mas, adivinhem? Fiquei de recuperação HAUEHUAH
O tempo tá apertado…farei prova na quarta-feira e aí acho que tudo volta ao normal.

Então, nesse meio-termo, não assistí muitas coisas…Assistí o Live-action the Blood The Last Vampire, que é ruim a ponto de fazer com que eu quisesse que o PC travasse (É, esse eu baixei.) e assistí o Harry Potter e as Relíquias da Morte Pt.1, e posso dizer que é muito bom. Só não digo que é o melhor porque é difícil de analisar separadamente, já que ele, como sendo apenas a primeira parte do fim, não tem uma conclusão.

Bom, agora vou falar sobre um dos dois filmes que assistí hoje. E depois falarei do outro, começando por Megamente.

Megamente é mais um filme de animação da Dreamworks, um estúdio que ultimamente anda acertando bem em suas produções. Tirando os dois últimos filmes da série Shrek, os trabalhos recentes da Dreamworks vem se mostrando cada vez melhores, começando pelo bonzinho Madagascar 2, o ótimo Kung-Fu Panda, o decente Monstros vs Alienígenas e finalmente com o excelente Como Treinar Seu Dragão. Megamente segue então essa risca ou é mais um dos muitos tropeços existentes na história da Dreamworks (como O Espanta Tubarões, Shrek Terceiro e Bee Movie)?

O filme conta a história de um extra-terrestre que é mandado à Terra ainda bebê quando seu planeta-natal está prestes a ser engolido por um buraco-negro. Um planeta vizinho deste também manda um de deus descendentes. Os dois caem em nosso planeta. Um cai em uma mansão toda bonitinha e o outro cai direto numa prisão para criminosos super inteligentes. Aquele que recebeu a vida boa se mostra um típico herói: com aparência semelhante à dos humanos, poder de voar e super-força. E o outro recebe as características de um vilão: Cor diferente, cabeça grande, super inteligência e uma criação feita por detentos.

Depois de uma infância amargurada, sendo sempre excluído, esse segundo cresce e vira um super vilão chamado Megamente (voz de Will Ferrell). O outro vira o herói da cidade, eterno rival de Megamente, e seu nome é Metroman (voz de Brad Pitt). Metroman vencia umas, Megamente quase vencia outras, indo sempre parar na cadeia, mas sempre fugia e tentava de novo, como todo vilão. Até que um dia, mesmo sem querer, Megamente sucede em seu plano, eliminando esse super herói e tomando conta da cidade. Porém a sua alegria não dura muito, visto que sem o bem, não poderá haver mal, e ele rapidamente foi tomado por uma solidão e um vazio, até que começa a, usando outro corpo (um humano), sair com a repórter Roxanne Ritchie (voz de Tina Fey), que sempre sequestrava, adquirindo um sentimento amoroso, e começa a tentar criar outro super-herói para fazer o papel de Metroman.

A narrativa do filme é bem consistente e todos os personagens relevantes à narrativa são bem-explorados e bem verossímeis, sem jamais fazer com que os sentimentos adquiridos por eles se tornem artificiais ou gratuitos, o que se mostra essencial em Megamente, que não é apenas uma animação engraçadinha de criança, e sim um estudo de personagem relativamente interessante e um romance bem construído, o que faz com que Megamente seja ligeiramente diferente do que costumamos ver vindo da Dreamworks. Mas isso não faz com que o filme deixe de ser interessante para os mais novos. A comédia é bem-executada, espontânea e com um timing absurdamente preciso. Não posso deixar de falar também do personagem que mais gostei, que é o parceiro do Megamente, que tem a voz do David Cross.

Outra coisa que me sinto obrigado a mencionar é a trilha sonora. Além das composições do sempre excelente Hans Zimmer, há um número grande de músicas de rock famosas, como Bad to the Bone, de George Thorogood & The Destroyers, Highway to Hell e Back in Black do AC/DC, Crazy Train do Ozzy Osbourne e Welcome to the Jungle dos Guns’n’Roses, fazendo com que eu me sentisse em casa e dando tons maravilhosos para as cenas nas quais tocam. O clímax ao som de Welcome to the Jungle em particular foi o momento mais memorável do filme para mim.

Resumindo, Megamente é um filme bom, divertido, interessante e mais um bom projeto da Dreamworks. Uma pena que o estúdio ainda tenha muito o que aprender. Claro, eles pretendem fazer mais dois Madagascar, mais dois Como Treinar Seu Dragão e mais CINCO Kung-Fu Pandas. Tudo isso tirando as séries idiotas como Os Pinguins de Madagascar. Me dói ver bons filmes sendo usados para objetivos tão comerciais assim.

Por isso amo a Pixar. Não só por isso, claro, também porque ela é a melhor de todas 4ever ❤

Nota: 8/10

Crítica: Scott Pilgrim Contra o Mundo

Eu sempre fui um nerd. Me mudei em 2007 pra São Carlos, uma cidade tranquila no interior de SP, e mesmo tendo liberdade aqui, sempre honro meus hábitos gamers, que vieram desde que eu era pequeno, morando na grande São Paulo, sem poder sair de casa com frequência, olhando meu primo jogar Resident Evil enquanto me borrava de medo. Aí a gente vai crescendo e conquistando cada vez mais coisas. Suas primeiras bolhas no dedo por causa de Street Fighter, sua primeira vez tocando uma Ocarina em Zelda, a primeira vez que você acaba em um dos finais de Chrono Trigger…E cada vez vamos evoluindo mais.
Scott Pilgrim honra e presenteia a todos aqueles que, assim como eu, desfrutavam de todos os prazeres citados acima.

Quando comecei a ler a HQ pela primeira vez, eu me sentí realmente empolgado. Os personagens, desde o começo, são muito bem desenvolvidos, sendo caricaturas muito bem-desenvolvidas, sempre. O ritmo relativamente lento da narrativa, tratando tudo muito bem, com cenas de comédia muito bem-construídas, com laços e arcos dramáticos muito bons e uma metáfora excepcional, sempre. A grande metáfora da vida sendo composta por fases, cada uma com seu chefe, e que, no final, lhe seria garantida a sua recompensa, a sua “Princesa Peach”, que no caso, é sua – sempre enigmática – namorada Ramona Flowers. Tratando de forma divertida, nerd e muito bem feita a metáfora anteriormente citada e também o sentimento real de superação em relação aos ex-namorados/ex-namoradas, que sempre se torna, como é dito no filme, uma “bagagem”. Além de tudo, é uma realização de todas as fantasias nerds. Com todas as lutas, as meninas bonitas usando marretas gigantes, ninjas lésbicas, poderes psíquicos…meu Deus!

Agora, vamos ao filme. A história básica é a mesma do seu material de origem: Scott Pilgrim (Michael Cera) é um jovem adulto de 20 e tantos anos que mora com seu colega de quarto gay Wallace Wells (Kieran Culkin), baixista de uma banda chamada Sex Bob-Ombs e que namora uma colegial chinesa de 17 anos chamada Knives Chau (Ellen Wong). Isso até que ele sonha com uma menina de cabelo colorido de patins. É assim que ele se torna obcecado por Ramona Flowers (Mary Winstead). Eles, depois de um tempo, vêm a se conhecer melhor e começam a namorar, mas ele descobre então que ela tem 7 ex-namorados do mal que querem matá-lo e que, se ele quer continuar com ela, ele deve derrotar todos.

Como é sempre difícil adaptar certinho de uma HQ, o roteiro faz alterações gritantes na ordem cronológica dos acontecimentos e, claro, várias partes são cortadas. Mas é perceptível o cuidado com o qual tudo isso é feito.

Mesmo deixando de conter partes cruciais e bem dramáticas da HQ, o filme se sustenta por sí só. E também há muitas cenas que são visivelmente tiradas direto do gibí, como a na qual Scott bate a cabeça num poste, acompanhado de onomatopéias e tal, exatamente como no material de origem.

E, ao contrário do material de origem, o filme já conta com uma narrativa absurdamente rápida, mas que não decepciona e não deixa de dar foco no que é necessário . Abusando de piadas visuais (absurdamente efetivas) e de uma montagem e edição rápida e muito inteligente, que com certeza devia ser premiada.

Algo admirável também são os efeitos especiais do filme. Coloridos, sempre remetendo à época 8-bits dos videogames e incluindo características de jogos de luta (os Hit Counters, o som e o grande letreiro de K.O, entre outras). Isso ajuda muito na narrativa rápida do filme e contribui para a nerdisse de tudo e deixa as lutas, além de tudo, muito bonitas de se ver e muito empolgantes, sempre frenéticas, piscantes e visualmente atrativas. A presença das onomatopéias também contribuem muito para a atmosfera criada e ajudam em muitas das piadas.

Admirável também foi a caracterização, uma das partes aonde as adaptações mais pecam. Os personagens, no filme, ficaram ABSURDAMENTE fiéis às suas versões cartunescas na HQ. Desde os personagens mais aleatórios até os principais e os 7 ex-namorados. Os figurinos são impecáveis e ajudam muito nessa parte. Até a roupa de Gothic Lolita que a personagem Kim Pine (Allison Pill – Uma das minhas favoritas, por sinal) usa em uma situação no filme é igualzinha à quando ela usa no gibí.

Outro ponto que gostaria de citar é a trilha sonora, que desde o começo me fez ir ao paraíso. Pegando emprestado algumas músicas de Zelda, com rock, som 8-bits, batidas…cada um dos estilos de música que aparece no filme se encaixa perfeitamente com o que está na tela, tornando a ação mais legal e dando a todos nós mini-orgasmos só de reconhecer a música da Fairy Fountain. Pelo menos eu e meus amigos que me acompanharam tivemos, não leve a mal xD.

E reservo um parágrafo para falar da parte da trilha sonora composta pelas músicas da banda Plumtree, um grupo musical canadense que, infelizmente, é bem desconhecido. As músicas dessa banda são ótimas, porque não são pesadas mas são energéticas e agitadas, sem gritos nem nada do gênero. Sabiam que o nome da HQ foi inspirado em uma música dessa banda? Aham. O criador Bryan Lee O’Malley é fã, então pegou o nome de uma música para ser o nome do personagem principal: Scott Pilgrim, do álbum Predicts the Future, de 1997.

Infelizmente, como fá do gibí tiveram coisas que eu não pude deixar de notar. Muitos personagens que deveriam ser mais representativos ficaram meio opacos e sem muito foco, como o grande Stephen Stills (atuado no filme por Mark Webber), que não só apareceu pouco comparado ao que ele deveria, como também sofreu uma mudança grande na personalidade. Se na HQ, mesmo tendo momentos de fraqueza, ele era durão e imponente, no filme ele é um personagem histérico e que se desespera por pouco. Também, mesmo tendo amado o filme, não conseguí não sentir que faltava alguma coisa. Mesmo sabendo da dificuldade de se adaptar e apoiando as mudanças, havia espaço pra mais. Talvez cenas de ação um pouco mais longas, ou um tempo reservado pros personagens que não foram mostrados direito, como já falei.

Mesmo assim, não posso deixar de admitir que Scott Pilgrim é um filme vencedor em todos os aspectos. Visualmente, na narrativa, nas atuações (até o sempre-igual Michael Cera fica melhor do que te costume) e na atmosfera gamer nerd. E não podia deixar de citar a excepcional voz de narrador de videogames de Bill Hader que aparece em diversas partes do filme.

Não só é divertido, é inteligente, metafórico, tocante e um presente a todos nós que gastamos mais de 90 horas de vida para jogar apenas um jogo de Zelda. É, nós merecemos. Obrigado, Bryan Lee O’Malley, por nos trazer essa HQ. E obrigado, Edgar Wright, por dirigir tão bem esse filme. E, claro, porque Todo Mundo Quase Morto e Chumbo Grosso são animais também, mas Scott Pilgrim é seu melhor filme. Obrigado, e parabéns.

Nota: 10/10

Bakuman

Olá! Falei que ia postar sobre Piranha há um tempo mas não postei né? D=

Farei isso hoje a noite ou, no máximo, amanhã.

Agora tô aqui para recomendar um mangá muito bom, chamado Bakuman (não confundam com o anime Bakugan que passa no Cartoon Network, hein.)

Bakuman é feito pela mesma dupla que nos trouxe o famoso Death Note, tendo a arte de Takeshi Obata e história de Tsugumi Ohba. Porém, a história agora não é um suspense, com mortes e etc. Pelo contrário, é bem diferente.

Mashiro Moritaka é um estudante comum do ensino médio, insatisfeito com a idéia de levar um futuro “normal” trabalhando em uma empresa “normal” e se arrastando pela vida inteira. Assim como todos, ele tem uma paixão por uma colega de sala, Azuki Miho, e fica desenhando ela em seu caderno. Até que ele vai pra casa e percebe que esqueceu o caderno na escola. Preocupado com quem pudesse ver seus desenhos, ele volta para buscar, e encontra Takagi Akito, o aluno #1 da sala esperando por ele apenas para propor uma coisa: Que ambos se tornassem mangakas. Então, os dois começam a se preparar e a se esforçar ao máximo para entrar na vida árdua e cheia de orgulho de um artista de mangá, evitando assim o futuro “normal” e sem-graça.

É realmente uma história simples, mas com partes de drama tocantes, sem deixar de lado a comédia e o romance. Os personagens são todos MUITO bem-desenvolvidos e a arte de Takeshi Obata está, como sempre, impecável.

O mangá começou a lançar no Japão no meio de 2008 e já passa a margem dos 100 capítulos. O anime começou esse mês e, enquanto escrevo isso, está no capítulo 5.Claro que é absurdamente comum a perda de qualidade quando se passa do mangá para o anime, mas Bakuman é uma exceção. Até agora, a versão animada segue bem fiel ao seu material de origem, o que também já faz com que mereça aplausos.