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Crítica: 300 (2006)

Olá a todos!

É, de novo – vocês devem estar cansados disso – estou inativo há um bom tempo. Infelizmente, não posso controlar quando problemas aparecem ou não, não é? =/

O importante (ou nem tão importante AUHEUHEU) é que eu estou de volta.

Para quebrar o gelo de mais de 1 mês, trago crítica de um filme que eu adoro e que é adorado por muita gente também. Esse filme é 300, dirigido por Zack Snyder.

Baseado na graphic novel de Frank Miller, 300 conta, de forma reinventada, a Batalha das Termópilas. O personagem principal é Leônidas (Gerard Butler), o rei de Esparta, que foi treinado arduamente desde sua infância para ser digno de adquirir tal posto.

Leônidas então, sem aprovação do corrupto conselho nem dos oráculos, parte com 300 dos melhores soldados espartanos para batalhar contra o grotescamente imenso exército do grande dominador Xerxes (Rodrigo Santoro) depois que este, por meio de um mensageiro, “propõe” uma relação de dominância e escravidão sob Esparta.

Enquanto isso, a rainha de Esparta (Lena Headey) luta contra a corrupção do conselho dentro de esparta para que possam ser enviados reforços ao seu marido e seu pequeno exército.

Desde o início da projeção vemos a beleza visual do filme e a fidelidade do mesmo em relação ao seu material de origem. O diretor Zack Snyder já disse em entrevistas o quanto ele gosta de realmente transformar o gibí em um filme com o menor número de mudanças possível. Filmado com uma tela digital (o cenário é colocado posteriormente por computador), o filme realmente segue sua graphic novel à risca, reproduzindo belíssimamente cenas marcantes da mesma, com uma direção de arte impecável e riquíssima em detalhes. Também é notável a habilidade de, com essa técnica de filmagem, mostrar realmente a grande magnitude do exército inimigo, nos mostrando em planos amplos o número de soldados que os 300 terão de enfrentar.

A ação do filme é o seu grande ponto forte. Usando com frequência as câmeras lentas, a grande quantidade de violência, planos-sequência magníficos e as outras técnicas já citadas, o filme transmite tudo sem que detalhes sejam perdidos (ao contrário de filmes como, por exemplo, Transformers), fazendo com que o filme fique, além de tudo, estiloso.

Falando em estilo, 300 tem bastante. Não só nas cenas de ação, mas também em muitas falas de seu protagonista. Mesmo sendo superficial (chegarei lá), Leônidas aparentemente tem o dom de formular frases excelentes e que todos conhecem, como “TONIGHT WE DINE IN HELL!!“, “SPARTANS, WHAT’S YOUR PROFESSION!?“, sem falar da clássica “THIS IS SPARTA!!“.

Porém, claro, o filme não é perfeito. Como já havia dito, o desenvolvimento de personagens é pouco. Leônidas, por mais legal que seja, não passa de um rei durão. Xerxes também não apresenta muito mais do que uma personalidade monótona de complexo de superioridade. Por mais que ninguém lá decepcione, os personagens não são profundos nem bem-desenvolvidos o bastante para que nos provoque algum tipo de emoção que não sejam arrepios constantes devido à belíssima matança desenfreada que presenciamos ou que não seja simples fascínio pelas qualidades visuais do projeto.
300 é um filme absurdamente divertido, empolgante, bonito e fascinante. Com um desfecho bom e relativamente realista, só decepciona àqueles que querem uma experiência mais complexa.

Nota: 8,5/10

E gostaria de falar de novo o quanto eu gosto do diretor Zack Snyder, que, posteriormente, conseguiu realizar a grande proeza de adaptar a obra-prima dos quadrinhos Watchmen de uma maneira magnífica (mesmo tendo desagradado a muitos fãs do gibí). E não só por isso, mas também por conseguir realizar um ótimo remake e um presente aos fãs de filmes de zumbí: A Madrugada dos Mortos.
Estou ansioso para sua animação A Lenda dos Guardiões (que estréia dia 9) e para seu outro projeto Sucker Punch.